sábado, março 10

heresia

Às vezes vejo nos meus filhos características duma cadela que eu tive... Bem sei que parece uma estupidez aquilo que estou a dizer.
Mas eu vou explicar melhor.
Quando fiz 18 anos os meus pais ofereceram-nos uma cadela cocker, demos-lhe o nome de Olívia, porque na altura passava o Poppey na tv. Ela morreu 13 anos depois e durante esse 13 anos deu-me grandes alegrias, foi uma óptima companhia, o melhor cão que se pode ter. Claro que ir passea-la nos dias de chuva, ter de vir a casa a meio do dia para ela não ficar o dia todo sem fazer as necessidades, ter de a levar ao vet em dias que tinha coisas melhores que fazer também foi chato. Mas fui compensada com um cão que tinha uma alegria transbordante, que queria sempre brincar, que tinha ataques de hiperactividade hilariantes e que adorava dormir no meio das nossas pernas. Quando fiz Erasmus sentia a presença dela no meu quarto enquanto estava a estudar, tal como a companhia que ela me fazia quando eu estava em Lisboa. Faz parte da família. Teve um tumor no cérebro que fez com que ela já não soubesse fazer coisas básicas como marcha-a-trás, ou reconhecer os donos que adorava. Partiu quando o S tinha 6 meses. Ele não se lembra dela mas tem um peluche em forma de coker que adora e a quem chama Olivia!
O que têm a Olivia e o S em comum? São uns glutões gulosos, comem tudo o que se lhes pões à frente, (tinha) tenho sempre de lhes impor uma dieta rigorosa. São bem dispostos, sempre na disposição de brincar ou dar uma boa gargalhada! Tanto a Olivia como a M são dorminhocas, adoram miminhos e colo, e o invadem-nos a cama quando menos se espera - todos os dias!
Aquilo que eu me questiono com frequência é se sou eu que influencio os seres que me rodeiam e em quem tenho uma grande influência em ser assim - mimados, mimosos e gulosos? Ou será que estou a ver factos onde há apenas simples coincidências?

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