quarta-feira, março 28

divórcios

O marido estava a contar-me que um colega dele tinha voltado para casa dos pais. O rapaz tem a nossa idade (entre os 35 e os 40 anos!), 2 filhos (2 e 4 anos), e uma ex-mulher que lhe disse que já não gostava dele e que se queria separar... Ele não viu nenhum sinal antes, vivia na ilusão de que estava tudo ok. Posso estar a simplificar demais, mas, da minha vivência e do que tenho visto à minha volta, os 2 primeiros anos dum filho, do primeiro ou do segundo ou do oitavo, trazem uma tensão adicional à vida duma família. E até se entrar na nova rotina, muitas vezes essa tensão é exteriorizada entre o casal, e pode levar a leituras erradas do que se sente. Está-se tão cansado, física e mentalmente, que já não há paciência para as falhas e defeitos do outro (e nossas). E podem reagir (ambos) de forma exagerada. Acho que o primeiro diz - Quero sair desta casamento!, e o segundo em vez de dizer - Mas nós amamo-no, vamos tentar mais uma vez! Eu amo-te, não imagino a minha vida sem ti!, diz - OK! só porque acha que o outro não se vai deixar conquistar de volta. É mentira! As pessoas querem sentir-se amadas... E muitas vezes, com o nascimento dos filhos, esquecemos de dizer ao outro que o amamos, que não temos tanto tempo para ele, mas que ele ainda é o tal, aquele que nos faz rir e querer ser melhor. Se eu trabalhasse numa conservatória, não deixava as pessoas assinar o papel!!! Mandava-as para casa para se darem mais uma chance, até o miúdo ter 3 anos. Se nessa altura a vontade ainda fosse a mesma, então cada um vai à sua vida. Conheço de 2 casos que se sepraram quando o puto tinha 1 ano e quando a criança já tinha 4 anos voltaram a viver juntos...

Sem comentários: