segunda-feira, fevereiro 27

i don't know how she does it

Embora o trailer seja melhor que o filme (!) não deixa de ser uma boa representação da vida da working mother. A verdade é que com ou sem sucesso na vida profissional a carga de stress duma mãe-mulher-trabalhadora-filha é elevada... Não sei como não há mais depressões, suicídios ou assassinatos!!!! Portugal é o país da UE com mais mães trabalhadoras. Ou seja, depois dos filhos nascerem, há um ratio mais alto de mulheres em Portugal (do que no resto da Europa) a optarem por continuar a trabalhar. Isto porque por cá as oportunidades de carreira e os ordenados são melhores para as mulheres do que para os homens !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Não. Isto acontece porque justamente um só ordenado somado a um eventual subsídio de maternidade ou abono de família não chegam para essa opção chegar a ser uma opção. Conheço inúmeros casais que não se importariam de um deles ficar em casa enquanto os filhos são pequenos mas essa hipótese não chega a ser seriamente debatida porque não iriam entrar €€€ que chegassem para suprir às necessidades vitais do agregado. Embora ache que nenhuma posição deva ser extremada, como aqui , acho que as opções em Portugal são poucas.

Como mãe quero ser eu a educar os meus filhos, a dar-lhes carinho e atenção, a acompanha-los na escola, etc. Temos algum apoio dos avós, mas sou eu que faço de motorista, enfermeira, professora, psicologa, que levo, trago, dou banho, consolo, conversa da treta e filosófica bem como palmadas e berros. (Para além das coisas da casa, compras, marcações e idas ao médico, etc) Tomámos essa opção e a verdade é que pagamos um preço, alto. Temos um poder de compra bastante mais baixo do que tínhamos antes das crianças nascerem. Acredito que vá compensar e que eles se vão tornar nuns adultos equilibrados com todas as armas para serem pessoas de sucesso em todos os campos da vida. Mas, infelizmente, não há garantias.
No filme as mães-que-trabalham sentem-se julgadas pelas mães-em-casa, eu cá sinto o contrário. Muitas mulheres (até mais do que os homens) não conseguem perceber a opção, e se por algum acaso me queixo (da falta de dinheiro ou das inúmeras birras) respondem, com desprezo, que a opção foi minha... Pois foi! Mas também me posso queixar, é um escape. Não um arrependimento.

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