Lá estava ela, mais uma vez com a cara molhada das lágrimas e do estalo que tinha levado. Estava cheia de raiva. Não entendia porque tinha de fazer o que os outros diziam, porque não podia ser ao contrário? O que dava aos outros o poder de mandar na sua vida? Se ela não queria fazer aquilo não tinha de o fazer. Parece lógico, não? Não quero, logo não faço. Mas não! Eles continuavam a insistir em que ela obedecesse. Para ganhar tempo continuava a chorar e a gemer, para pontuar a melodia batia com os pés ou então atirava com alguma coisa ao chão. Mas hoje não estava funcionar. Eles estavam a fazer a sua especialidade: ignorar a sua vontade e a impor a deles. Ao fim de uma hora cansou-se e cedeu. Não gostou da sensação mas pelo menos pôde jantar e ir dormir. Até ao próximo round.
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