quarta-feira, janeiro 18

fugir

Como já disse aqui a M (4anos) faz muitas birras, geme, chora, geme outra vez. Consegue fazê-lo horas seguidas. Se tiver para aí virada qualquer insignificância pode despertar o mau génio. Quando o meu génio dela é o protagonista dos nossos dias só me apetece fugir!!!! Embora eu a ame com todas as fibras do meu ser. Admito que essa sensação me aflora, mas nunca o irei fazer. Como é que poderia deixar os meus filhos, por pior que eu seja, por piores ou melhores que eles sejam? Não acredito que haja no mundo ninguém com mais capacidade e vontade de estar com eles do que eu... embora cansada ou cansativo, estar com eles é M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!!!!
Por isso não entendo quem devolve os miúdos à precedência... Pensam que eles são alguma mercadoria defeituosa? Que espécie de adultos são esses que não conseguem encontrar um caminho até uma criança? Até admito que haja caminhos mais escondidos que outros, que haja caminhadas semelhantes à subida do Everest, mas não será melhor continuar a tentar mesmo se doer e fizer sangue? Não é melhor do que manda-los de volta e criar um trauma para o resto das suas vidas? Pensarem que não são suficientemente bons, que não o foram pelo menos duas vezes? E se fossem filhos de sangue? Como é que iam resolver? Matavam? Entregavam aos avós? Não apareciam à hora do fecho da escola? Expliquem-me porque eu não estou a entender?!

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