sexta-feira, janeiro 6

birras

Custa acordar à M (4anos), sair da cama quentinha, vestir-se e enfrentar um dia cheia de desafios e actividades na escola. Como tal exprime a sua frustração através de birras, que são provocadas pelo mais pequeno incidente. Dito assim até parece que sou uma pessoa calma, que não grita com os filhos. Mas grito, e para desespero dos vizinhos, muito. A verdade é que eu não sou uma pessoa de "levar a água ao meu moinho", quando quero ou penso uma coisa, digo e pronto. Em relação aos meus filhos, e como são meus filhos, espero que façam aquilo que lhes digo sem grandes confusões, especialmente quando são acções de rotina - vestir, comer, lavar dentes, etc.
Estou a aprender com a M, a levar a água ao moinho, a fazer inúmeras concessões: vai ao colo da cama para a mesa do pequeno-almoço, já não leva collants para a escola, comprei a escova tangle-teezer para ela ter um cabelo liso, lindo mas sem dor, escolhe ela os sapatos que calça, ... há dias que até lhe dou a papa à boca... infelizmente houve dias em dezembro que a M ainda fez algumas monumentais birras na hora de sair pela porta de casa sem razão. E claro que me zanguei! Cedo em milhares de coisas e ela, mesmo assim, faz birra? (Nunca me tinha imaginado tão conciliadora.) Claro que as férias do Natal, correram bem, ela esteve sempre alegre e contente, birras nem vê-las. No final das férias comecei a mentaliza-la que íamos voltar à rotina e que ela teria de fazer um esforço para não fazer birras logo pela manhã. Ao que ela respondeu que não gosta de ir à escola... Mas porquê? Alguém te bate? Gozam contigo? Não consegues fazer os trabalhos? A professora/auxiliar é má para ti? Porquê? Resposta: Não! Não! Não!
Mesmo estando um pouco preocupada por ela dizer que não gosta de escola, hoje estou muito orgulhosa da nossa família porque foi uma semana sem birras matinais.

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